quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

          "Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: `Pai, começa o começo!´. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
           Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, ao menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas `tangerinas´ são outras. Preciso `descascar´ as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
           Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis.. Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para `começar o começo´ era o que me dava certeza que conseguiria chegar até o último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado.
         Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias. Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus: `Pai, começa o começo!´. Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que o Amor Eterno de Deus nos acolhe sempre que for preciso: `Pai, começa o começo!´. (Autor desconhecido)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

           Era uma vez uma bela ilha, onde moravam os seguintes Sentimentos: a ALEGRIA, a TRISTEZA, a VAIDADE, a SABEDORIA, o AMOR, entre outros...Um certo dia, alguém avisou os habitantes dessa ilha que ela iria afundar-se. Apavorado, o AMOR tentou fazer com que todos os moradores se salvassem, e então disse:
-"Fujam todos, que a ilha vai-se afundar e vai desaparecer!!!"
 Todos correram para os seus barquinhos para partiram para outra ilha lá bem no alto onde tivessem a salvo.O AMOR não se apressou a fugir, porque queria ficar mais um pouco com a sua querida ilha. Mas, quando reparou, ela estava quase a afundar-se e com medo que ele também se afundasse com a ilha, começou a pedir ajuda aos outros habitantes que fugiam nos seus barquinhos...Nessa altura, estava a passar a Sra. RIQUEZA que disse:
-" Desculpa AMOR, mas não te posso levar. O meu barco está cheio de ouro e prata e tu já não cabes aqui."
Passou então a VAIDADE que disse:
" AMOR, não te posso levar porque vais sujar o meu barco."
 Logo atrás vinha a TRISTEZA e disse:
-" Oh AMOR, estou tão triste que prefiro ir sozinha..."
 Passou então a ALEGRIA, mas estava tão alegre que nem ouviu o AMOR chamar por ela.Já desesperado e achando que iria ficar ali só para sempre, o AMOR começou a chorar.Foi então que passou um barquinho onde estava um velhinho que disse:
 -" Anda, sobe AMOR que eu levo-te!"
 O AMOR ficou radiante e feliz que até se esqueceu de perguntar o nome ao Velhinho que o havia salvo.Até que, já a salvo noutra ilha, o AMOR perguntou á SABEDORIA quem era o tal Velhinho. A SABEDORIA respondeu:
 -" Aquele Velhinho era o TEMPO!"-
 -"Mas porque é que só o TEMPO é que me ajudou e salvou?", perguntou o AMOR
 Porque só TEMPO é capaz de entender um grande AMOR !!!, respondeu a SABEDORIA !!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Se você perguntar por ai, o que você acha do amor ? vai sair sem resposta, ou a pessoa vai começar a rir.Essa palavra saiu de moda, não fica mais presente, difícil saber, não da pra ficar contente.No planeta onde tudo vira briga, o amor é deixado de lado, enquanto uns resolvem a bala, outros preferem lutar pelo que é errado.Então rezo, sonho para que o amanha seja diferente, que o amor volte a tona, e todo mundo esqueça essa de ser inconsequente. O amor é que guarda, reserva, te deixa voar mesmo estando na terra, e proporciona felicidade que nunca sentiu .O amor é a saída, é a estrada que antes estava perdida, é a fonte de luz em uma rua escurecida, é a paz do mundo que um dia deixará de ser esquecida. Só ele pode desafiar a escuridão de hoje, pois ele te da sempre uma nova chance, pra seguir sua vida, e sempre olhar adiante.Por que o que está na moda é o sangue, não precisa se ferir e sim sentir, deixar o coração falar, e dizer te amo sem pensar,dizer pra todo mundo que o amor que precisamos é o que sentimos e que isso é tudo que temos, sim isso é tudo que temos,o amor. Isabela Moura

"Perguntei a um sábio, a diferença que havia entre amor e amizade, ele me disse essa verdade... O Amor é mais sensível, a Amizade mais segura. O Amor nos dá asas, a Amizade o chão. No Amor há mais carinho, na Amizade compreensão. O Amor é plantado e com carinho cultivado, a Amizade vem faceira, e com troca de alegria e tristeza, torna-se uma grande e querida companheira. Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a Amizade é concreta, ela é cheia de amor e carinho. Quando se tem um amigo ou uma grande paixão,ambos  sentimentos coexistem dentro do seu coração."

William Shakespeare
           Um dia, um burro caiu num poço e não podia sair dali. O animal chorou fortemente durante horas, enquanto o seu dono pensava no que fazer. Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que já que o burro estava muito velho e que o poço estava mesmo seco, precisaria de ser tapado de alguma forma. Portanto, não valia a pena esforçar-se para tirar o burro de dentro do poço. Chamou então os seus vizinhos para o ajudar a enterrar o burro vivo. Cada um deles pegou uma pá e começou a atirar terra para dentro do poço. O burro entendeu o que estavam a fazer e chorou desesperadamente. Até que, passado um momento, o burro pareceu ficar mais calmo. O camponês olhou para o fundo do poço e ficou surpreendido. A cada pá de terra que caía sobre ele o burro sacudia-a, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até ao topo do poço, passar por cima da borda e sair dali.
A vida vai atirar muita terra para cima de ti. Principalmente se já estiveres dentro de um poço. Cada um dos nossos problemas pode ser um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos buracos mais profundos se não nos dermos por vencidos. Usa a terra que te atiram para seguir em frente!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

                                                   O AMOR ACABA
 O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente,ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno;em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
(Texto extraído do livro "O amor acaba", Editora Civilização Brasileira – Rio de Janeiro, 1999, pág. 21, organização e apresentação de Flávio Pinheiro Paulo Mendes Campos)
Paulo Mendes Campos

 "Quando é para acabar o amor, o amor acaba o que resta são as marcas que um dia ali já ouve amor!!!! " Isabela M.Géa 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

          A Bagagem... Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão... A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, por pensar que são importantes ... A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher : ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem. Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem.... Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas, o que tirar ? Você começa tirando tudo para fora... veja o que tem dentro : Amor, Amizade...nossa ! Tem bastante, curioso, não pesa nada... Tem algo pesado.... você faz força para tirar.... era a Raiva - como ela pesa ! Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a Incompreensão, Medo, Pessimismo... nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala .... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem.... Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade... Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora um monte de Tristeza... Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante.... Procure então o resto: a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o Bom e Velho Humor. Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com a ela... Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar dentro da mala de novo, hein ! Agora é com você. E não se esqueça de fazer essa arrumação mais vezes, pois o caminho é MUITO, MUITO LONGO, e sua bagagem, poderá pesar novamente.